quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caso Bruno




A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou no fim da tarde desta quarta-feira (7) escavações em uma casa no município de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita é de que os restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo, encontram-se no local.

Ainda não foi feita nenhuma descoberta, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil. Bruno também não foi ouvido pela Divisão de Homicídios do Rio, mas será feita acareação entre ele, seu primo e José Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”.

A casa em Vespasiano foi indicada pelo primo de Bruno, um menor de idade que admitiu na terça (6) estar envolvido no sequestro da jovem de 25 anos. O jovem foi apreendido na casa do goleiro e afirmou em depoimento à Polícia que ele e "Macarrão" levaram à força Eliza e o bebê de quatro meses, de um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, para o sítio em Esmeraldas.

Ele disse ainda ter dado uma coronhada na cabeça de Eliza, deixando-a inconsciente, e que o motivo da morte teria sido estrangulamento. A versão, que eximiu o atleta de qualquer responsabilidade no crime, não convenceu os policiais.

Equipes do Zoonoses e do Corpo de Bombeiros retiraram cinco cães da raça rotweiller da casa, segundo informou a Polícia Civil de Minas. Na terça, um motorista de ônibus que se apresentou como namorado de uma tia do primo de Bruno disse que o corpo de Eliza teria sido desossado e jogado aos cães.

Denúncia
Bruno e “Macarrão” foram indiciados no fim desta tarde pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pelos crimes de sequestro, cárcere privado e lesão corporal.

Eles se entregaram à Polícia durante a tarde na Divisão de Capturas da Polícia do Rio (Polinter), no bairro do Andaraí, na zona norte da cidade. Ambos estavam foragidos desde a noite de terça.

A dupla foi denunciada pelo sequestro de Eliza em outubro de 2009, quando ela ainda estava grávida de cinco meses. Na ocasião, eles tentaram forçá-la a abortar ao ingerir um líquido e comprimido, segundo o Promotor de Justiça Alexandre Murilo Graça.

Pelo crime de sequestro e cárcere privado, agravado pelos maus-tratos cometidos contra a vítima, eles podem ser condenados a dois e a oito anos de reclusão. Se forem condenados por lesão corporal, a pena será de três meses a um ano.

O MP-RJ também pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico de Bruno e “Macarrão” nos dias 12 e 13 de outubro, além de cópia dos depoimentos colhidos em Contagem (MG) e na Divisão de Homicídios do Rio.

Bruno, tu acabou com a tua carreira e também com uma vida.

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